Ele é bonzinho, ela, bonitinha. Por mim, tanto faz. Também te amo. Talvez. Ai, que raiva que me dá! Toda essa indiferença, essas palavras porcamente escolhidas, nem um pouco queridas, mal nascidas. Dentre todas, o também. Como arde ouvir.
Vou tentar explicar; é assim, você ama perdidamente tal pessoa, está sufocantemente apaixonado. Tenta liberar essa explosão e o que ouve? Um também. Dói a não reciprocidade. É nessa hora que você percebe que está sozinho na barca, amigo. Também é um puro desabafo mal encaixado da obrigação de completar um silêncio inconveniente, revelador.
*Trecho do filme The Dreamers (Os Sonhadores), de Bernardo Bertolucci - altamente recomendado.