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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Soulmates – ‘bout hapiness & mismatch

Sábado. Sol. Sossego. Saía de casa e ia pro lar. Subia a rua e paralisava. Ser. Sozinho. Só ele. Soulmate.
O que duas linhas podem descrever? Eu não sei. Mas duvido que o que eu senti naquele momento caiba em tão poucas combinações. Duvido que caiba em outra pessoa, ou em várias outras. Coube em melodias.
A noite anterior previa algo especial. No concerto, esperava como que ansiosa para acabar – mas não eu, que queria parar no tempo. Mal sabia da minha recompensa no próximo dia ensolarado. Era sábado.
Eu tinha um destino: voltar para casa. No começo do percurso, parei em uma esquina. Fitei, fitava. Lá estava uma parte de mim, do outro lado da rua. Lá estava quem me cantara a noite inteira. Ele me viu e sorriu. Encontrei abrigo, mais que isso, um lar. Um instante e eu já não estava mais.
Nunca soube como é possível duas pessoas se entenderem sem se conhecer. Só senti. Eu sei, existe um elo entre algumas pessoas. Percebi no momento e tive certeza tempos depois, com um recorte de jornal (§7). Não é loucura – ou talvez seja -, existimos,
Nós.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

'10

E quem for cego veja de repente
Todo o azul da vida
Quem estiver doente
Saia na corrida
Quem tiver presente
Traga o mais vistoso
Quem tiver juízo
Fique bem ditoso
Quem tiver sorriso
Fique lá na frente
Pois vendo valente
E tão leal seu povo
O rei fica contente
Porque é Ano-novo

*Trecho da música "Ano-Novo" de Chico Buarque.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Through the Eye of a Muse

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover

Something era pra mim uma daquelas músicas que a gente gosta mas não sabe ao certo de quem é, como é a letra, a história por trás. Era especial, mas ainda flutuava em minhas mãos.
Era conhecida, a letra mais linda. Tudo que eu gostaria de ouvir, uma canção que me fizesse sentir única, como se nenhuma outra mulher existisse. E vindo do Beatle George, que poderia ter quem quisesse em meio a tantas tietes, tornava o sentimento mais real. Bom, eu não sabia que a composição era dele, dessa parte eu só fui tomar conhecimento quando a ouvi na trilha sonora de algum filme que me escapa agora e, cansada do mistério sobre a música, fui atrás da bendita. Encontrei, era Something, e tinha que ser dos Beatles.
Ela tem aquele começo que cheira à naftalina, logo vem a bateria e uma melodia deliciosa, um solo de guitarra dos mais tocantes que só mesmo George Harrison/Eric Clapton apaixonados para fazer. Ou melhor, só mesmo uma mulher para inspirar algo do tipo: Pattie Boyd, a musa de ambos.
Something foi o começo de um currículo de invejar qualquer uma. Na lista consta além dela, Layla, Wonderful Tonight, For You Blue e Bell Bottom Blues – Todas grandes canções dedicadas a uma única mulher. Dentre os vários boatos sobre a música, gosto de um em especial. Sigo com a história e não me comprometo com os fatos.
Década de 60, pra ser específica, era 1964. As gravações de A Hard Day’s Night seguiam no ritmo da Beatlemania, as gravações duraram menos de dois meses e o filme já estava em cartaz no mês seguinte. Tempo suficiente para Pattie e George se conhecerem.
Boyd estava escalada no elenco do filme como uma colegial e, na época, estava quase noiva. Mesmo assim, Harrison fez a inevitável tentativa de sair com a moça, que recusou. Ele voltou a convidá-la e na segunda vez ela aceitou – já solteira. Bom, era óbvio o que ia acontecer.
Em dezembro de 1965, George pede Pattie em casamento, após Brian Epstern ter permitido, abençoado o matrimonio e concedido a mão da moça, que nem era sua filha (ele justificou que pediu a permissão pois não queria atrapalhar os projetos da banda). Os dois se casam em janeiro de 1966. Três anos depois surge Something, atribuída a Pattie Boyd e considerada por Frank Sinatra, na época, a melhor canção de amor escrita em 50 anos.
Ela é a melhor pra mim. Apesar de gostar da história, não me importa se foi ou não inspirada em Pattie. Prefiro até que seja só minha.

Ouça Something

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Gulag Orkestar


Beirut. O último presente mais legal que ganhei de alguém, de alguém que nem conheço mas entende bem sobre o que quero ouvir. Zach Condon.

É como uma mistura de todos os lugares que já vi em pensamento, mas que nunca fui. Me dá sentimentos familiares, mas que das origens desconheço. Está tudo ali, junto, saindo de um trompete e de um ukulele e hoje, e finalmente hoje, vou conferir de pertinho, me ensurdecer de felicidade.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

#9Dream

Calma, minha gente. O mundo não vai acabar. Larguem a numerologia (999 é 666 invertido, 9+9=18 1+8=9, 9+9+9=27 2+7=9, 6+6+6=18 1+8=9) e corram para as lojas. Hoje foram lançados os discos remasterizados dos Beatles e vocês podem conferir a diferença entre mono x estéreo. Além disso, rolou um super evento da Apple “It’s only rock and roll but we like it”, no qual foi divulgada a entrada das músicas dos Beatles no iTunes e o game Rock Band dos Fab4 além de novos modelos de iPods e nona versão do iTunes. A Rolling Stone desse mês, nas bancas hoje (9), traz os bons rapazes na capa e fala sobre assunto por apenas 8,90 (8x9=72 7+2=9 – tá, nessa eu exagerei). Bom, isso foi bastante divulgado mas não é exatamente sobre o que quero falar.
Revolution 9# começou quando John Lennon resolveu dar o ar da graça nesse mundinho xôxo que era, no dia 9 de outubro de 1940, supostamente às 6:30 (essas contas ainda me matam! 6+3+0=9) e à partir de então, esse número o perseguiu durante a vida. Morou com sua mãe em 9 Newcastle (nove letras) Road, Wavertree (nove letras), Liverpool (nove letras) antes de mudar pra casa de sua tia Mimi. Alguns acontecimentos da banda aconteceram em dias 9, John conheceu Yoko Ono em 9 de novembro de 1966 – 9 anos depois de conhecer Paul e 9 anos antes de Sean nascer em um dia 9, os números dos apartamentos do casal eram 72 (7+2=9), entre outros fatos curiosos como McCartney ter nove letras.
Lennon compõe algumas músicas relacionadas a isso, como "Revolution #9", "one after 909" e "#9 dream". Sobre a última, foi lançada no nono álbum de John, no nono mês de 74, a canção pegou em nono lugar no ranking da New Musical Express Charts e o verso "Ah, bowakawa pousee, pousee" tem exatamente nove sílabas. A ironia foi ele ter sido morto em 8 de dezembro de 1980 (1+9+8+0=18 1+8=9) em NY, mas já era 9 de dezembro na sua cidade natal, Liverpool. JL sempre acreditou ter alguma ligação com esse número e é por essas e outras que o dia de hoje foi escolhido a dedo para tantos lançamentos relacionados.

Ouça #9Dream