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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Soulmates – ‘bout hapiness & mismatch

Sábado. Sol. Sossego. Saía de casa e ia pro lar. Subia a rua e paralisava. Ser. Sozinho. Só ele. Soulmate.
O que duas linhas podem descrever? Eu não sei. Mas duvido que o que eu senti naquele momento caiba em tão poucas combinações. Duvido que caiba em outra pessoa, ou em várias outras. Coube em melodias.
A noite anterior previa algo especial. No concerto, esperava como que ansiosa para acabar – mas não eu, que queria parar no tempo. Mal sabia da minha recompensa no próximo dia ensolarado. Era sábado.
Eu tinha um destino: voltar para casa. No começo do percurso, parei em uma esquina. Fitei, fitava. Lá estava uma parte de mim, do outro lado da rua. Lá estava quem me cantara a noite inteira. Ele me viu e sorriu. Encontrei abrigo, mais que isso, um lar. Um instante e eu já não estava mais.
Nunca soube como é possível duas pessoas se entenderem sem se conhecer. Só senti. Eu sei, existe um elo entre algumas pessoas. Percebi no momento e tive certeza tempos depois, com um recorte de jornal (§7). Não é loucura – ou talvez seja -, existimos,
Nós.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Das palavras II

Ele é bonzinho, ela, bonitinha. Por mim, tanto faz. Também te amo. Talvez. Ai, que raiva que me dá! Toda essa indiferença, essas palavras porcamente escolhidas, nem um pouco queridas, mal nascidas. Dentre todas, o também. Como arde ouvir.
Vou tentar explicar; é assim, você ama perdidamente tal pessoa, está sufocantemente apaixonado. Tenta liberar essa explosão e o que ouve? Um também. Dói a não reciprocidade. É nessa hora que você percebe que está sozinho na barca, amigo. Também é um puro desabafo mal encaixado da obrigação de completar um silêncio inconveniente, revelador.



*Trecho do filme The Dreamers (Os Sonhadores), de Bernardo Bertolucci - altamente recomendado.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O porquê de não te amar

Sofro de não amor, não por falta deste mas por falta de paciência. Enquanto você passa suas longas quatro horas na marginal num dia de chuva, me manda mensagens de amor e espera a recíproca. Respondo a primeira, e com um pouco de sacrifício a segunda. Quando chega a terceira, você me desculpe, o silêncio me parece a melhor opção. Mas todo ônibus que se preze tem aquela criança mal criada e remelenta que começa a chorar e os passageiros querem morrer! É aí que você me liga, no auge do seu tédio e desespero, briga comigo dizendo que ajo com indiferença. Não é falta de amor, é só meu celular que te odeia, odeia quando lota a caixa de entrada com mensagens de mesmo conteúdo e quando escrevo pra você – e fica lerdo só de birra, até desliga sozinho. A vontade que tenho é de jogá-lo na parede e pense o que quiser desse silêncio! Até que não te amo mais.