quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Soulmates – ‘bout hapiness & mismatch

Sábado. Sol. Sossego. Saía de casa e ia pro lar. Subia a rua e paralisava. Ser. Sozinho. Só ele. Soulmate.
O que duas linhas podem descrever? Eu não sei. Mas duvido que o que eu senti naquele momento caiba em tão poucas combinações. Duvido que caiba em outra pessoa, ou em várias outras. Coube em melodias.
A noite anterior previa algo especial. No concerto, esperava como que ansiosa para acabar – mas não eu, que queria parar no tempo. Mal sabia da minha recompensa no próximo dia ensolarado. Era sábado.
Eu tinha um destino: voltar para casa. No começo do percurso, parei em uma esquina. Fitei, fitava. Lá estava uma parte de mim, do outro lado da rua. Lá estava quem me cantara a noite inteira. Ele me viu e sorriu. Encontrei abrigo, mais que isso, um lar. Um instante e eu já não estava mais.
Nunca soube como é possível duas pessoas se entenderem sem se conhecer. Só senti. Eu sei, existe um elo entre algumas pessoas. Percebi no momento e tive certeza tempos depois, com um recorte de jornal (§7). Não é loucura – ou talvez seja -, existimos,
Nós.