terça-feira, 8 de setembro de 2009

O porquê de não te amar

Sofro de não amor, não por falta deste mas por falta de paciência. Enquanto você passa suas longas quatro horas na marginal num dia de chuva, me manda mensagens de amor e espera a recíproca. Respondo a primeira, e com um pouco de sacrifício a segunda. Quando chega a terceira, você me desculpe, o silêncio me parece a melhor opção. Mas todo ônibus que se preze tem aquela criança mal criada e remelenta que começa a chorar e os passageiros querem morrer! É aí que você me liga, no auge do seu tédio e desespero, briga comigo dizendo que ajo com indiferença. Não é falta de amor, é só meu celular que te odeia, odeia quando lota a caixa de entrada com mensagens de mesmo conteúdo e quando escrevo pra você – e fica lerdo só de birra, até desliga sozinho. A vontade que tenho é de jogá-lo na parede e pense o que quiser desse silêncio! Até que não te amo mais.

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